Estudo de Caso:

JBS: O Poder da Internacionalização

Contexto antes da internacionalização:

A JBS nasceu em 1953, no interior de Goiás, como um pequeno frigorífico voltado ao mercado local de carne bovina.

Durante décadas, sua atuação ficou concentrada no Brasil e na América do Sul, com expansão limitada por fatores típicos do sistema nacional de crédito: juros altos, dificuldade de acesso a capital produtivo e restrição à escala de exportação.
Em resumo: uma empresa com enorme potencial produtivo, mas limitada por uma estrutura financeira cara e restrita.

O marco da internacionalização:

A virada começou em 2005, quando a JBS deu seu primeiro passo fora do Brasil ao adquirir a Swift Armour na Argentina. Esse movimento abriu as portas para o acesso ao capital internacional e ao mercado de exportação estruturado, até então limitado pelo crédito doméstico. Dois anos depois, em 2007, veio o salto decisivo: a compra da Swift & Company, nos Estados Unidos e Austrália, por US$ 1,4 bilhão. Essa aquisição marcou o início da estrutura global de financiamento, com linhas de crédito em dólar e presença nos principais polos exportadores de proteína do mundo.

Tornando-se uma Potência:

Em 2009, a aquisição de 64% da Pilgrim’s Pride (EUA) consolidou o grupo como uma potência multimarcas e multipaís, abrindo caminho para operações estruturadas com bancos e investidores internacionais. Entre 2015 e 2017, a integração dos ativos europeus (Moy Park e PPC) transformou a JBS em uma empresa verdadeiramente global, com presença sólida nas três principais regiões de consumo do planeta. E em 2025, a listagem na Bolsa de Nova York (NYSE) simbolizou a maturidade do processo: a JBS se tornou parte ativa do sistema financeiro internacional, financiando seu crescimento diretamente no mercado global.

E em 2025, a listagem na Bolsa de Nova York (NYSE) simbolizou a maturidade do processo: a JBS se tornou parte ativa do sistema financeiro internacional, financiando seu crescimento diretamente no mercado global.

A internacionalização não foi apenas uma expansão geográfica foi a construção de uma nova estrutura financeira, que deu à empresa o fôlego e o alcance de uma líder mundial.

Comparativo de resultados:

Antes da Internacionalização

Depois da Internacionalização

Estudo de Caso:

Impactos concretos da internacionalização:

A estrutura global deu à JBS o que o sistema nacional não permitia: fôlego financeiro e escala mundial.

O caso da JBS comprova que o crescimento exponencial de uma empresa brasileira ocorre quando ela acessa o crédito internacional.

Hoje, mais de 70% da dívida e do giro produtivo da JBS são sustentados por capital estrangeiro o que garante liquidez, previsibilidade e expansão global. A JBS provou que o problema do Brasil nunca foi capacidade. O que falta ao Brasil não é potencial, é estrutura. E o ACI (Aporte de Crédito Internacional) é essa estrutura que conecta a capacidade produtiva brasileira ao capital que move o mundo.